terça-feira, 25 de dezembro de 2007

1977

Casada com Roberto
Marília era uma esposa exemplar
Lavava, passava, cozinhava
E a noite, punha-se a tear.

Por sua vez
Roberto, em sua mesquinhez
Trabalhava o dia inteiro
E em casa esquecia da vida em frente à TV

Dessa união vazia
Nasceu a Maria
E em sua infância solitária
Apenas assistia a tristeza de sua mãe

Insatisfeita, queixava-se com sua filha.
Que a tudo ouvia e nada dizia
Sem alguém perceber
Ódio por seu pai crescia

“Minha filha, seu pai não presta!
Por causa dele, sou tão sozinha”
“Minha filha, seu pai é tão cruel
Desconfio que seja um homem infiel"

Após tanto lamento,
Xingamento e sofrimento.
Seu pai tornou-se um desconhecido
Distante e eterno inimigo.

6 comentários:

Mia disse...

Pobres rimas dignas de serem lidas !

Gabriel F. disse...

Rimas pobres?
Depende de quem lê!
Fantástico,rapaz...Gostei muito


Tenha uma boa vida!

Ósculos e Amplexos!

Bianca Feijó disse...

Texto forte!
Gostei muito,parabéns!

~e disse...

super me identifiquei com o nome da personagem!

:)
bacaninhas as rimas!

Unknown disse...

A Marília aqui adorou o poema da Marília!
...E vai prestar bastante atenção pra não fazer sua Maria ter o mesmo fim!

Vinicius Camargo disse...

Ótéemo!