domingo, 6 de abril de 2008

coisas que eu ouvi por aí e não me esqueci



"era pra ser bom
pra você gostar
de caixa de bombom
e de concha do mar"

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Poema da Permissão Não Concedida

Oh, minha mãe,
Quero tanto ir à festa de aniversário
Já estou crescida
Não estou mais no berçário
Não posso ficar recolhida

Oh, minha mãe,
Já estou quase adulta
Pra você ver
Se saísse com teu carro
Levaria menos multa que você

Oh, minha mãe,
Deixe-me ir
Todo mundo vai
A Pri, a Dani, a Gabi e a Tai
Até a Rô, filha da Nair

Oh, minha mãe,
Tire a maldade
De dentro do coração.
Me Deixar aqui
É muita crueldade, sim!

Oh, minha mãe,
Com minha idade
Se em casa eu ficar
Terei que me vingar
E me entregarei a promiscuidade

Oh, minha mãe...

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

“O amor é uma dor”

Namoraram
E apesar de tudo:
Casaram-se.

Ela ainda sorria
Pois achou que um dia
Algo mudaria.

Ela pressionava
E ele permanecia mudo:
Cansaram-se

Um dia ela partiu
E ele sentiu a pior dor que alguém pode sentir:
Descobrir que ama alguém.

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

1977

Casada com Roberto
Marília era uma esposa exemplar
Lavava, passava, cozinhava
E a noite, punha-se a tear.

Por sua vez
Roberto, em sua mesquinhez
Trabalhava o dia inteiro
E em casa esquecia da vida em frente à TV

Dessa união vazia
Nasceu a Maria
E em sua infância solitária
Apenas assistia a tristeza de sua mãe

Insatisfeita, queixava-se com sua filha.
Que a tudo ouvia e nada dizia
Sem alguém perceber
Ódio por seu pai crescia

“Minha filha, seu pai não presta!
Por causa dele, sou tão sozinha”
“Minha filha, seu pai é tão cruel
Desconfio que seja um homem infiel"

Após tanto lamento,
Xingamento e sofrimento.
Seu pai tornou-se um desconhecido
Distante e eterno inimigo.
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